Dia da Liberdade: 47º aniversário do 25 de abril
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Dia da Liberdade: 47º aniversário do 25 de abril
O Dia da Liberdade volta a celebrar-se, este ano, em circunstâncias excecionais, mas a distância não nos impede de assinalar simbolicamente esta data maior da nossa história comum, para que nunca se esqueça o 25 de abril de 1974.
Partilhamos as mensagens do Presidente da Assembleia Municipal de Alijó, Presidente da Câmara Municipal, representante dos Vereadores não permanentes e representantes dos Partidos com assento na Assembleia Municipal.
PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE ALIJÓ, JOSÉ ALBERTO QUEIRÓS CANELAS
Caras e caros munícipes,
Vivemos atualmente momentos muito difíceis, não só do ponto de vista sanitário, com graves consequências económicas e sociais, mas também do ponto de vista político.
O 25 de Abril de 1974, que hoje aqui recordo;
Uma revolução ímpar no contexto internacional, porque pacífica, instaurou em Portugal a democracia, devolveu ao povo o direito de decidir as orientações políticas da governação do país, pelo direito ao voto por sufrágio universal, direto e secreto e aos povos - então colonias portuguesas – as respectivas independências.
Instaurou-se em Portugal um verdadeiro Estado social, com a universalidade do ensino, a criação do Serviço Nacional de Saúde, tão presente nos tempos que vivemos. Serviço de que todos nos devemos orgulhar pela capacidade de resposta e da abnegação dos seus profissionais.
Contudo, o espírito de Abril não se concretizou na sua plenitude, por isto temos a obrigação de o relembrar.
Sim, falo-vos da Justiça.
Todos sentimos que a Justiça não é igual para todos, célere e cega para com os mais frágeis, mas lenta e complacente para com os mais fortes e influentes. Temos o direito à indignação com o que se passa na Justiça.
Mas é dos políticos a responsabilidade pelo descrédito na Justiça? Falta de recursos? Falta de legislação?
Sim a responsabilidade é dos políticos que têm o poder legislativo e não assumem a coragem de criminalizar o enriquecimento injustificado ou inibir os direitos dos condenados por corrupção, branqueamento de capitais e fraudes fiscais, no âmbito da detenção de cargos públicos.
A justiça tarda e os crimes acabam por prescrever. Mas não deixam de ser crimes. Exige-se transparência para os detentores de cargos públicos. Exija-se ética. O que hoje se passa com a Justiça mina o sistema democrático e descredibiliza a política, os políticos e potencia as ideologias populistas.
Caras e caros munícipes,
Somos fruto da história de um povo que deve orgulhar-se do seu passado de conquistador, navegador – que deu novos mundos ao mundo – numa epopeia de universalidade. Hoje, alguns contestam esses feitos e tentam reescrever a história, propondo apagar os marcos desses feitos.
Somos fruto de uma cultura latina e de base cristã. Fruto de adversidades, como da necessidade de emigrar e integrar outras culturas. Somos fruto do convívio e miscigenação com os povos de outros continentes – resultado do período colonial. Por tudo isto, somos um povo aberto, integrador e de brandos costumes. Tolerantes e acolhedores.
De que nos podemos “envergonhar”? Queimar os “Lusíadas”? Destruir os monumentos? Querem banir a nossa memória?
Mas tolerantes não significa permissivos. Este sentimento está a invadir a nossa sociedade e os nossos governantes. É por estas razões, a permissividade, a ausência de justiça, que hoje vivemos uma crise de identidade política.
O surgimento dos populismos, estes, que pegando nas fragilidades, na permissividade e na inacção do sistema democrático, na contestação à nossa história, fazem destes factos a bandeira de implantação de ideias políticas que o 25 de Abril visou destruir.
É à custa de apelos ao portuguesismo, ao orgulho nacional, a princípios antidemocráticos que assistimos a um perigoso crescimento na nossa sociedade dessas ideologias, uma óbvia consequência do crescimento dos descontentes com a atual situação política.
Caras e caros munícipes,
Recordo também os 45 anos da Aprovação da Constituição Portuguesa, a carta dos direitos e liberdades fundamentais, que define no seu artigo 13.º o Princípio da igualdade:
Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual
Estes princípios não podem ser ignorados. São princípios que resultam da revolução dos “cravos”. Que se cumpram todos os dias e se façam cumprir.
Caras e caros Munícipes,
Este ano seremos chamados a votar nas eleições locais – o poder autárquico – uma outra conquista de Abril. Aproveito para apelar a todos os munícipes à mobilização, pelo combate ao alheamento e à indiferença, pela escolha de quem deve dirigir a Camara Municipal e os outros órgãos autárquicos. Participar não é só um direito, é um dever de todos.
Assim, Comemorar o 25 de Abril, é um dever de todos os democratas. Recordemos os Capitães de Abril.
Viva o 25 de Abril
Viva Portugal
Tenho orgulho no passado de Portugal
Pelo Concelho de Alijó
O Presidente da Assembleia Municipal.
PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE ALIJÓ, JOSÉ RODRIGUES PAREDES
Caras e Caros Alijoenses,
Saúdo-vos aclamando o 25 de abril com o poema “Liberdade” de Miguel Torga:
— Liberdade, que estais no céu
Rezava o padre-nosso que sabia,
A pedir-te, humildemente,
O pio de cada dia.
Mas a tua bondade omnipotente_
Nem me ouvia.
— Liberdade, que estais na terra…
E a minha voz crescia
De emoção.
Mas um silêncio triste sepultava
A fé que ressumava
Da oração.
Até que um dia, corajosamente,
Olhei noutro sentido, e pude, deslumbrado,
Saborear, enfim,
O pão da minha fome.
— Liberdade, que estais em mim,
Santificado seja o vosso nome.
Caras e Caros Alijoenses,
Não obstante o 25 de abril haver acontecido num tempo que nos parece ser já muito distante é importante que continuemos a comemorá-lo com a frescura inicial para que se mantenha vivo na memória coletiva, especialmente na memória das gerações mais novas.
Sem a revolução de abril não teríamos a democracia como algo tão natural como o ar que respiramos e, certamente, o desenvolvimento e o progresso que nas últimas décadas se verificaram no nosso país não teriam acontecido.
O Poder Local, enquanto pedra angular do desenvolvimento dos territórios, é uma das grandes conquistas do 25 de abril. E, enquanto Presidente de Câmara, destaco, no Poder Local, a importância das freguesias como parceiro privilegiado no processo de desenvolvimento integral de um município. Não se trata de retórica discursiva mas de pensamento consubstanciado em ações concretas: Quando me candidatei a Presidente da Câmara Municipal assumi, em nome da equipa que me acompanha, o compromisso político de, durante o mandato, reforçar significativamente as transferências para as freguesias e temos vindo a cumprir, escrupulosamente, aquele compromisso. Cumprir a palavra dada é manter vivo o 25 de Abril!
Caras e Caros Alijoenses
O 25 de abril fez renascer em nós a esperança. É com essa esperança que trabalhamos, abnegadamente, em busca das soluções mais adequadas para os problemas do dia-a-dia. Cada pessoa, cada problema específico, merece de nós toda a atenção. Todavia, a defesa e proteção social dos estratos mais fragilizados do nosso concelho merecem de nós um olhar com os olhos do coração.
Sabendo nós que as Instituições Particulares de Solidariedade Social são cuidadores de proximidade com respostas sociais tão fundamentais como é exemplo o serviço de apoio domiciliário, de entre muitos outros, estivemos, e estamos, apostados em apoiar, inequivocamente, as IPSS’s do nosso concelho na sua prestimosa ação.
Ser solidário é manter vivo o 25 de abril!
Caras e Caros Alijoenses
Perfaz já mais de um ano que vivemos dias sem paralelo na história da nossa democracia. A pandemia que assolou o mundo e, claro está, assolou o nosso concelho, tem testado a nossa resiliência enquanto cidadãos.
A Câmara Municipal não se poupou a esforços e meios para enfrentar a pandemia tornando-se parceiro ativo das entidades de saúde. Implementámos medidas tomadas pelo Município e apoiámos as medidas tomadas pela autoridade de saúde local, regional e nacional.
Recordamos, neste dia de celebrar a liberdade, que a pandemia continua a exigir de todos nós comportamentos responsáveis para que evitemos a propagação do vírus. Todos temos a obrigação de cumprir a regras emanadas da Direção Geral de Saúde para que possamos, já livres da epidemia, participar na reconstrução social, económica e cultural do nosso país e, particularmente, do nosso concelho. Nós, enquanto Câmara Municipal, tudo faremos para que possamos regressar rapidamente à normalidade interrompida em 2020.
Não obstante a restrições a que estamos obrigados, cabe-nos comemorar o 25 de abril, como é possível, para que continuemos certos de que não há democracia eternamente adquirida, não há liberdade eternamente adquirida, não há justiça social eternamente adquirida. Temos que, todos os dias, viver a democracia, a liberdade, a justiça social e alimentá-las com a nossa ação responsável, seguindo, escrupulosamente, as recomendações das autoridades de saúde, para bem de cada um de nós, dos nossos, de todos, do futuro!
Pensar em nós, pensando em todos, é manter vivo o 25 de abril!
Viva o 25 de Abril!
Viva Portugal!
Viva o Concelho de Alijó!
VEREADOR NÃO PERMANENTE, MIGUEL RODRIGUES / VEREAÇÃO PARTIDO SOCIALISTA
Caras e Caros Munícipes do Concelho de Alijó,
Esta é a última celebração do 25 de Abril do atual mandato autárquico, saído das eleições realizadas em 01 de outubro de 2017.
Na Sessão Solene comemorativa desta data em 2018 – a primeira do mandato – tive ocasião de aqui enaltecer o papel da oposição municipal, enquanto componente essencial do poder local democrático, realçando aquela que deve a sua matriz: colocar os interesses do Município acima de quaisquer outros, respeitando o compromisso eleitoral assumido com os eleitores.
Faz sentido, por isso, que nesta celebração do 25 de abril, em 2021, manifeste a minha satisfação por ter sido cumprido esse dever para com o Município e os Munícipes, num trabalho conjunto com os Colegas Vereadores que comigo foram eleitos.
Esta Vereação nunca foi obstaculizante, mas sim uma força construtiva, empenhada em defender a sua visão da governação concelhia, alicerçada no programa eleitoral apresentado, privilegiando a coesão social, a economia local, o ambiente, a cultura, a juventude.
Uma atitude fomentadora de um debate vivo e sempre leal para com todo o Executivo Camarário, que dignificou, estou certo, este Município.
Uma ação política consistente, empenhada em apresentar à Câmara Municipal um contributo válido e substantivo e, na diversidade de opiniões e pontos de vista, permitir uma melhor tomada de decisões.
Medidas municipais que foram tomadas com o incentivo e apoio desta Vereação, algumas recentemente, como a diminuição do IMI e também do IRS aos contribuintes domiciliados no Concelho, a isenção de taxas de edificação aos casais jovens; mas também o alargamento da gratuitidade dos transportes escolares, atribuição de bolsas de estudo a estudantes do ensino superior, implementação do Conselho Municipal da Educação, instalação da Comissão Municipal de Proteção do Idoso, a aprovação do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, da Estratégia Local de Habitação, de diversos investimentos, alguns em curso e outros que espero sejam em breve uma realidade, os apoios ao movimento associativo e às Freguesias. Medidas aprovadas e implementadas pelo Município durante o mandato, com o apoio desta Vereação.
Mas também várias propostas, como aquelas apresentadas por esta Vereação à Câmara Municipal, para mitigar os efeitos nefastos da atual pandemia, com medidas de apoio às famílias, instituições e à economia.
Muitos momentos, ao longo de cerca de uma centena de Reuniões de Câmara, e muitos contactos com eleitos e eleitores, em que foi elevada a democracia local, no benefício deste Município e das suas populações.
Na comemoração deste 25 de Abril e do poder local democrático que foi uma das suas maiores conquistas, celebremos também a política de causas, que atende e se mobiliza pelo bem comum, com o sentido de servir este território e uma população que precisa, quer e merece o melhor de nós.
Viva o 25 de abril!
Viva o Município de Alijó!
Viva Portugal!
O Vereador,
Miguel Rodrigues
GRUPO MUNICIPAL DO PPD/PSD DE ALIJÓ
Abril todos os dias
Todos os anos, a cada 25 de Abril, vestem-se os melhores fatos, colocam-se os mais viçosos cravos ao peito, organizam-se cerimónias solenes, debitam-se umas palavras de circunstância sobre a importância de Abril e da Liberdade…e a vida continua sem qualquer sobressalto cívico, de consciência tranquila por se ter honrado esta data maior da nossa vivência coletiva.
No fundo, confina-se a data de 25 de Abril a um dia por ano.
Acontece que honrar e dignificar Abril é fazer que seja Abril todos os dias!
O compromisso de não deixar esquecer a luta pela liberdade e pela democracia é permanente e deve orientar toda a ação política quotidiana.
Também ao nível do Poder Local é nosso dever honrar e dignificar Abril diariamente, na prática concreta de todos os dias, em cada ato, em cada ação, em cada medida.
As palavras são importantes, mas o vento leva-as.
As flores são importantes, mas murcham.
É no dia-a-dia que nós, autarcas, temos de nos afirmar como verdadeiros guardiões da liberdade e dos valores de Abril, tudo fazendo para impedir que qualquer tipo de extremismo, de populismo ou de fundamentalismo tome conta da nossa sociedade.
Honrar e dignificar o 25 de Abril é tarefa de todos e de cada um de nós.
Honrar e dignificar Abril é pugnar por mais e melhores condições para os nossos concidadãos, ao nível dos cuidados de saúde, da educação, das infraestruturas e equipamentos coletivos, da economia, do ambiente, da cultura, do desporto, da ação social e da proteção da comunidade.
Honrar e dignificar Abril é colocar o interesse público acima dos interesses pessoais.
Honrar e dignificar Abril é lutar contra a utilização das associações e das instituições da sociedade civil como trampolim para satisfação de projetos pessoais de poder. Respeitar Abril é deixar que o tecido económico e social trilhe o seu caminho de forma livre e autónoma ao serviço de quem mais precisa, evitando a partidarização deste setor!
Volvidos 47 anos sobre a Revolução dos Cravos, a nossa sociedade tem de condenar a instrumentalização do setor social e associativo para fins de promoção de interesses pessoais e partidários meramente egoísticos. Estes comportamentos devem ser banidos da vida pública e repudiados de forma firme e veemente. Só assim conseguiremos uma sociedade saudável, livre e verdadeiramente democrática. Só assim cumpriremos o espírito de Abril.
Não basta colocar um cravo na lapela uma vez por ano e proclamar, de forma vazia e oca, os valores que herdámos da Revolução de Abril. Hoje, mais do que nunca, temos de ter cuidado com os lobos travestidos de cordeiros, pois são esses que, a coberto de discursos inflamados e de uma retórica apelativa, mas estéril, subvertem os valores democráticos pelos quais muitos lutaram.
Por isso, sendo embora importante continuarmos a comemorar a revolução de Abril (pois a memória é a nossa melhor defesa coletiva), é igualmente importante colocarmos em prática os valores de Abril todos os dias, nas pequenas e nas grandes coisas!
Abril também se cumpre quando, na nossa prática política diária, trabalhamos para continuar a Afirmar a Nossa Terra!
Viva o Concelho de Alijó!
Viva Abril!
Viva a Liberdade!
GRUPO MUNICIPAL DO CDS-PP DE ALIJÓ
Caríssimos Munícipes de Alijó
Em tempos de Pandemia, voltamos a celebrar o dia da Liberdade de uma forma limitada.
Comemoramos este ano os 47 anos deste marco inapagável da Historia da nossa Pátria, este ao contrário de outros momentos dessa mesma História é considerado por todos um marco importante, porventura o mais importante depois da fundação do Reino.
Mas quando falamos em Liberdade, devemos pensar nas condições que nos permitem ser livres.
Quando um país se endivida de forma descontrolada, deixa de ter liberdade e essa falta de liberdade vai ter como consequência a limitação de liberdade dos seus cidadãos, acontece o mesmo quando isto acontece no poder local. Os detentores da responsabilidade de governação vão portanto estar limitados nas escolhas, nas decisões que poderiam dar melhores condições de vida aos seus concidadãos. Mas a Liberdade não foi só conquistada para que os Portugueses saíssem de uma repressão de um estado totalitário. Por isso mesmo foi escrita uma Constituição da Républica, para ficarem consagrados os direitos, mas também os deveres dos cidadãos, Constituição essa que já foi alterada em função da necessidade de adequação de alguns princípios, direitos e deveres.
A 20 de Abril de 1980 nascem as FP 25 de Abril, organização essa que foi responsável pelo período terrorista mais sangrento da História de Portugal, dela faziam parte destacados membros responsáveis pela revolução de 74. As ações desta organização foram de tal maneira marcantes e contundentes, que foram até comparadas pelo número de vitimas em um período tão curto da sua existência 7 anos a organizações como ETA ou IRA.
Assinalou-se a 1 de Março os 25 anos da aprovação da maioria de Esquerda composta pelo PS e PCP da Amnistia aos condenados das FP25 de Abril. A liberdade de um grupo terrorista e as suas ações provocaram a morte a servidores do estado, civis e também provocaram prejuízos avultados a empresas e instituições bancárias. Em Democracia e á luz da Constituição de um estado de Direito que é Portugal, não é compreensível esta desautorização do poder Judicial por parte do Poder Politico. Á Justiça o que é da justiça dirão agora noutras circunstâncias os defensores da separação de poderes . Aqui se mostra que a maioria da altura não quis deixar cair os heróis de Abril. Mas também se mostra uma total falta de sensibilidade em relação ao valor da vida dos que pereceram. Na Politica tal como na vida, não vale tudo.
A liberdade de uns e a sua definição da mesma não pode colidir com os direitos e liberdades de outros, o direito á vida é inalienável.
Viva a Liberdade
Viva Alijó
Viva sempre a Amada Pátria, Portugal
Rui Lopes, Representante do CDS-PP no Grupo Municipal “Afirmar A Nossa Terra”
GRUPO MUNICIPAL DO PARTIDO SOCIALISTA DE ALIJÓ
Caríssimos concidadãos,
Quarenta e sete anos depois, comemoramos hoje, dia 25 de abril de 2021, mais um aniversário da revolução dos cravos. Comemorar é revisitar toda a informação presente na nossa memória, na história de vida dos nossos país e avós, nos livros, nos documentários em vídeo e que com os “ventos de abril” vêm ao de cima, tal como um agricultor lavra a terra em busca dos melhores nutrientes que se vão “afundando” ao longo do ano!
No dia de hoje é indispensável recordar os valores de Abril e tudo aquilo que eles representaram na mudança da nossa sociedade, as transformações que ocorreram e que levaram a que o nosso país seja hoje parte integrante, por direito próprio da “Nossa Europa”. Uma Europa de União, onde estão também presentes a cada dia a dia valores de Abril como a Igualdade e a Solidariedade, refletidos nos princípios da Saúde, Educação e Justiça Social.
A europa e o mundo vivem hoje momentos muito difíceis, estando ainda muito presente com os seus efeitos devastadores a pandemia do corona vírus. Um vírus que não escolhendo idades ou condição social, foi ceifando milhares de vidas pelo nosso planeta, enquanto a economia sofreu uma queda abrupta com repercussões terríveis na nossa sociedade. Em Portugal já atravessamos 2 vagas e ainda não sabemos se mais vêm pelo caminho, o país foi obrigado a fechar 2 vezes, 2 vezes em que teve que fechar fronteiras, limitar a circulação dos portugueses e proceder ao dever de recolhimento dos cidadãos no domicílio, mantendo apenas aberto e em funcionamento os principais serviços essenciais para suprir as principais necessidades da condição da vida humana. Não foi uma limitação da “liberdade”, mas teve como propósito salvar vidas num momento em que a medicina e a ciência vão estudando o inimigo e investigando em busca da cura ou de um tratamento eficaz para o seu combate. Os meios disponíveis ao nosso alcance são apenas a prevenção no contágio, e uma esperança na vacinação maciça dos cidadãos.
Entre as principais conquistas de abril estão o Serviço Nacional de Saúde e a Escola Pública, o serviço público de saúde, que teve e tem um papel determinante no combate à pandemia, pois através dele os portugueses tem acesso universal e gratuito aos cuidados básicos de saúde, e apesar das muitas fragilidades que lhe tem sido apontadas, do desinvestimento de que tem sido alvo, conseguiu ainda assim dar uma resposta eficaz às necessidades dos doentes. A Escola Pública teve também um papel determinante, soube adaptar-se e reinventar-se para continuar a educação e formação de crianças e jovens para que esta paragem forçada não significasse uma estagnação na vida dos alunos.
A economia vive uma das maiores crises de sempre, o encerramento total de algumas atividades económicas, como o turismo, a restauração, a cultura com o encerramento de salas de espetáculos, o cancelamento de festas e romarias, a redução drástica do volume de negócios de muitos empresários em nome individual, de micro, pequenas e medias empresas, a redução da venda de produtos ou prestação de serviços, causou muitas dificuldades no rendimento de milhares de famílias, na manutenção dos postos de trabalho e como consequência na “saúde” económica do país.
Cumprir Abril é hoje um enorme desafio para todos nós, cidadãos, governantes, autarcas, sendo a resiliência do povo português e dos portugueses a marca que se mantém viva e atuante passados 47 anos. Também hoje os Portugueses não baixam os braços nem que para isso, tal como os militares de Abril, seja necessário voltar “a pegar em armas (as nossas ferramentas), municia-las com cravos vermelhos” e ir à luta por um Portugal Melhor!
Grândola Vila Morena, Terra da Fraternidade, o Povo é quem mais ordena…
Viva o 25 de Abril, Viva a Liberdade!
GRUPO MUNICIPAL DO BLOCO DE ESQUERDA DE ALIJÓ
Caras e caros Conterrâneos,
Portugal, à semelhança de todos os outros países do mundo, tem vindo a ser confrontado com as consequências de uma grave pandemia internacional, cuja permanência tem acarretado sérias implicações ao nível do tecido social e económico.
Há mais de um ano que o nosso país mergulhou num abismo de efeitos devastadores, com consequências diretas e sentidamente violentas nos mais desprotegidos, nos que viram os seus empregos perdidos, nos que viram os seus rendimentos anulados, nos que viram os seus projetos falidos; em todos aqueles que viram os seus entes queridos partirem devido à Pandemia, ou em tantos outros que já esgotaram as forças para lutarem contra um tempo de suplício e de isolamento que parece não ter fim.
Este ano, fruto das circunstâncias e das adversidades, voltamos a comemorar o 25 de abril de forma condicionada, sem a alegria da data, mas com a esperança a sorrir-nos nos olhos por acreditarmos ser esta a última vez que tamanha fatalidade nos embaraça a festa.
O processo de vacinação em curso está a abrir o caminho para a normalidade sanitária e talvez até ao final do presente ano consigamos vencer o inimigo do vírus e as nefastas consequências de tão grave doença, que a todos abalou de forma tão imprevista quanto inimaginável. Por isso, o futuro é também um caminho de esperança! O futuro deverá ser uma senda de alento, um forte sopro de melhoramentos e de reconstrução! Um trilho aberto para a fortificação da solidariedade e dos valores da Democracia, da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade.
Caras e caros conterrâneos,
Atravessamos um tempo de dificuldades sem precedentes. Um tempo profícuo para a demagogia e para os populismos inconsequentes, com os verdugos da Democracia mais do que nunca ativos, na ânsia traiçoeira de encontrarem o momento oportuno para a poderem decepar. A História ensina-nos que é em épocas de crise e caos social que os oportunistas sem escrúpulos medram e se impõem em sociedades debilitadas pela ausência de perspetivas, pelo desespero, pelo sofrimento, pela pobreza, pela inexistência de lideranças sérias e competentes, ou pela corrupção. Não podemos regredir nas conquistas políticas, sociais, laborais e civilizacionais que homens e mulheres conseguiram obter com sacrifícios infinitos ao longo de décadas e de séculos. Por isso, é urgente e mais do que nunca necessário vivificar os valores de abril; mais do que nunca necessário denunciar e vigorosamente recusar os pregoeiros de ideologias ultrapassadas e retrógradas que a história do Século XX documenta como miseráveis, funestas, desumanas e letais.
É nos valores de abril que temos de encontrar o caminho da reconstrução social e económica a que os próximos anos obrigará. É exigível uma atuação de respeito pelo próximo, independentemente da sua condição social, orientação sexual, raça, sexo, etnia ou religião. Um respeito integro e totalmente orientado pelos princípios de um humanismo democrático e da valorização das liberdades individuais e coletivas.
A crise que atravessamos na atualidade em Portugal, na Europa e no Mundo atingiu uma dimensão que só encontra paralelos em acontecimentos históricos de séculos passados. Mas os portugueses e os alijoenses souberam e saberão responder com a responsabilidade e a dignidade necessárias aos desafios do presente e aos estímulos do futuro… de um futuro próximo que não será seguramente fácil. Só nos democratas deveremos confiar e depositar ânimo para que de forma pacífica e paciente o país e a nossa região possam ser conduzidos para um melhor destino. Um destino mais igual, mais próspero e coletivamente mais justo.
Fascismo nunca mais!
Viva o concelho de Alijó!
Viva o 25 de abril!
Saúde e Liberdade!